sábado, 4 de janeiro de 2014

Ao longo dos últimos anos, estamos vivenciando um intenso processo de mudanças individuais e coletivas, que está simbolizado astrologicamente pelo contato entre Urano e Plutão, e que se intensificou desde outubro do ano passado, com o movimento de Saturno em Escorpião.
É facilmente perceptível o quanto estamos sendo instigados a morrer para uma velha realidade. E muitos de nós têm vivenciado isso drasticamente, por meio de perdas emocionais, familiares, profissionais ou materiais. Mas perdas que levam também ao ganho de uma nova vida, mais profunda, intensa e plena de sentido.
A drasticidade do processo é proporcional ao quanto resistimos às transformações, ao quanto temos dificuldade de nos desapegarmos do que está “morto em vida”
Morrer e renascer são atributos da energia escorpiana e plutoniana, bastante ativada no céu astrológico de 2014, algo que também já vivenciamos intensamente em 2013.
São anos transformadores e curativos. Mas para isso precisamos nos entregar ao renascimento, à conscientização de potenciais ainda não utilizados, de sentimentos reprimidos, da vida não vivida.
A passagem de Saturno em Escorpião, que será um dos pontos mais importantes de 2014, representa a necessária responsabilidade e maturidade no modo como vivenciamos a intimidade, as emoções, a sexualidade, na consciência do que em nós é reprimido, oculto, ou motivado por comportamentos compulsivos.
Também a responsabilidade no uso de recursos materiais que são compartilhados, ou que provem de outras pessoas.
Temos que encarar o que tememos, o que não aceitamos, nossos tabus e fantasmas internos. Estamos todos envolvidos numa espécie de renascer das cinzas, como a fênix, ave mitológica.
A iminência da morte (real ou simbólica) deve nos fazer viver mais profunda e intensamente. É quando descobrimos o que realmente tem valor. E que dinheiro nenhum é capaz de comprar.
Urano e Plutão continuam fazendo um ângulo de noventa graus, que em Astrologia representa o desafio de transformar as estruturas, situações e padrões obsoletos e estagnados em nossa vida, dando início a algo inédito e que represente a nossa mais verdadeira singularidade e originalidade.
Muitos temem deixar o conhecido para trás, mas em tempos como os que vivemos, não há como se manter simplesmente numa velha realidade. O custo psicológico, emocional e físico, que pode resultar em problemas de saúde, na verdade revela o quanto estamos resistentes às mudanças.
Mas temos também as bênçãos astrológicas, simbolizadas no planeta Júpiter, que está se movimentando em Câncer, e que representa os ensinamentos familiares que temos vivenciado desde o ano passado. Diante de tantos desafios que a vida tem nos apresentado, a passagem de Júpiter por Câncer tem nos mostrado as curas, bênçãos e aprendizados em família, que envolvem a relação pais e filhos, as crianças e o afeto capaz de dissolver couraças do medo, bem como o perdão do passado.
Júpiter em Câncer simboliza a ampliação de horizontes em relação às pessoas, lugares e situações nos quais nos sentimos verdadeiramente aconchegados e que são a sustentação para vôos mais altos.
Podemos nos sintonizar com outras paisagens, que representam o (re)encontro com nossa família espiritual. É um incentivo para que não fiquemos restritos apenas ao que conhecemos, ao que nos é seguro e familiar. Vôos mais altos são necessários, se quisermos crescer.
Júpiter permanecerá em Câncer até julho, quando passa a atuar em Leão, incentivando a arte, a criatividade, o orgulho em ser quem somos e nos expressarmos em todo o nosso potencial, principalmente naquilo que é feito com paixão.
Mas Júpiter simboliza também excessos, imprudências, e estando em Câncer no primeiro semestre, isso pode se referir a questões imobiliárias, familiares e emocionais, exageros de carência e de dependência. E em Leão, no segundo semestre representa excesso de vaidade, de orgulho, de egocentrismo, de se considerar “especial”.
Júpiter será o planeta regente de 2014, mas esta regência atuará após março, quando inicia o novo ano astrológico. Justiça, estudos, viagens, conhecimentos e ampliação de horizontes mentais, culturais, emocionais e espirituais serão aspectos estimulados. Buscaremos um novo sentido e significado a nossa vida, mas devemos respeitar verdades e conceitos diferentes dos nossos.
Sendo Júpiter o regente astrológico de Sagitário e também de Peixes, estes signos tendem a se destacar em 2014. Hora de ir mais longe de onde estavam, confiando mais em si e se abrindo às bênçãos e oportunidades de crescimento.
O primeiro semestre é também marcado pelo movimento de Marte pelo signo de Libra e pelo ingresso do nódulo norte em Libra, o que enfatizará muito os relacionamentos, associações, parcerias. Conquistas e realizações mútuas podem ocorrer, mas para isso deve haver equilíbrio, conciliação, ajustes entre desejos individuais e os que se voltam para acordos.
É um bom posicionamento para as pessoas trabalharem juntas, visando atingir um objetivo em comum. Mas pode haver conflito e brigas, se as pessoas não olharem na mesma direção e se interesses individuais forem maiores dos que os da relação e parceria.
Os meses de abril e de outubro tendem a ser muito importantes, pois neles teremos eclipses que envolvem justamente a questão da individualidade e dos relacionamentos, em abril (como encontrar um equilíbrio, harmonização). E em outubro a ênfase é sobre como unir potenciais e recursos, transformando as pessoas envolvidas.
E Netuno segue o seu movimento em Peixes, ressaltando a importância da conexão com o sagrado, a espiritualidade e os movimentos artísticos, culturais, sociais.